Programa PIPE da FAPESP bate recorde em número de contratos em 2016

PIPE números

O Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) encerrou o ano de 2016 com um recorde: foram contratados 233 projetos – o equivalente a 0,92 projeto por dia útil –, número 69% superior aos resultados registrados no período anterior. O valor contratado, de R$ 82,4 milhões, foi mais que o dobro dos recursos contabilizados em 2015, de R$ 40,5 milhões.

Os contratos contemplaram empresas em 130 municípios do Estado de São Paulo, com destaque para a capital, Campinas, São Carlos, São José dos Campos e Ribeirão Preto, os principais centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação do Estado. Mas o PIPE também beneficiou iniciativas em polos dinâmicos como Botucatu, São José do Rio Preto, Sorocaba, Piracicaba, Jaboticabal, Bauru, entre outros.

Os projetos aprovados são selecionados em quatro chamadas ao longo do ano. As propostas são submetidas à aprovação da FAPESP por pesquisadores em micro e pequenas empresas com até 250 empregados, com ideias inovadoras envolvendo diferentes tecnologias, como nanofibras de biocelulose para aplicações em liberação de fármacos, Big data e inteligência artificial, dispositivos eletrônicos, controle de pragas, entre outras.

As empresas têm o apoio do PIPE – sem exigência de contrapartida – na demonstração da viabilidade tecnológica do projeto (Fase 1 – até R$ 200 mil) e no desenvolvimento de um produto ou processo inovador (Fase 2 – até R$ 1 milhão) ou ainda na fase de desenvolvimento comercial do produto (Fase 3), por meio de linhas de fomento que articulam recursos da FAPESP e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no âmbito do Programa PIPE-PAPPE.

Foi com o apoio do PIPE, por exemplo, que a XMobots, instalada em São Carlos, se consolidou como uma das principais protagonistas no mercado nacional de sistemas de aeronaves remotamente pilotadas (RPAS) utilizadas no mapeamento e quantificação de desmatamento, agricultura de precisão, entre outras. A empresa, no momento, finaliza o processo de certificação do Supi  – seu primeiro modelo para sobrevoar áreas urbanas –, junto ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA) e à Agência Nacional de Aviação Comercial (Anac) (Leia mais em http://pesquisaparainovacao.fapesp.br/11)

A Kryptus, em Campinas, conta com recursos da FAPESP para desenvolver tecnologias na área de segurança de informação que têm como carro-chefe a linha de Hardware Security Module (HMS) apoiada pelo PIPE. Credenciada pelo Ministério da Defesa como Empresa Estratégica de Defesa (EED), a Kryptus fornece tecnologias para o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), a Força Aérea Brasileira (FAB), o Tribunal Superior Eleitoral, CPFL, Itautec, entre outros. (Leia mais em http://pesquisaparainovacao.fapesp.br/109).

Foi também com o apoio da FAPESP que a CiaCamp, em Cordeirópolis,  testou com sucesso o uso de uma molécula antioxidante chamada N-acetilcisteína (NAC), utilizada em saúde humana como xarope mucolítico para desobstruir as vias respiratórias, no desenvolvimento de produtos que têm demonstrado ser eficientes para controlar pragas que atacam cítricos, como a clorose variegada dos citros (CVC) – conhecida popularmente como “amarelinho” –, o cancro cítrico e o greening (HLB) (Leia mais em http://pesquisaparainovacao.fapesp.br/151)

Fonte: divulgação