Equipe Desenvoltura adota tecnologia que otimiza a distribuição de detectores de fumaça

Texto: Carolina Octaviano

Foto: divulgação

A equipe Desenvoltura, que está na final desta edição do Desafio Unicamp – competição de modelos de negócio a partir de tecnologia desenvolvidas pela universidade -, trabalhou seu modelo de negócios tendo em vista uma tecnologia que permite otimizar a distribuição de detectores de fumaça em plantas químicas, garantindo o uso mínimo de dispositivos com 100% da área de cobertura. A tecnologia utilizada foi desenvolvida pelo Professor Sávio Vianna, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ), que também prestou mentoria acadêmica aos participantes.

“Nossa ideia de modelo de negócios envolve o uso da tecnologia de otimização para aplicações voltadas à engenharia civil e combate a incêndio, como a disposição de extintores, lâmpadas, ar-condicionado, sprinklers, etc. Por isso, nosso segmento de clientes é voltado a usuários de softwares de desenho assistido por computador (CAD), como engenheiros civis, arquitetos, projetistas e até mesmo engenheiros agrícolas”, afirma Ricardo Peloi, da Faculdade de Computação da Unicamp e membro da equipe.

Peloi conta que, para escolher a tecnologia e desenvolver o modelo de negócio, o grupo avaliou as tecnologias patenteadas disponíveis na vitrine da Inova e a selecionou levando em conta o potencial de mercado e a afinidade com as habilidades do grupo. Na opinião dele, a interação com o mentor acadêmico foi importante para a definição e elaboração do modelo de negócio adotado. “A Interação com o mentor foi muito positiva. Ele nos explicou como a tecnologia funcionava e ofereceu material de consulta sobre a tecnologia dele, como imagens que mostrassem o funcionamento dela. A mesma tecnologia estava sendo utilizada por mais de um grupo, então ele não pode fornecer muitos detalhes, para não ser injusto com ninguém. Mas de modo geral, satisfez todas as necessidades da equipe. Já o caminho para desenvolver o modelo de negócios se baseou no método de buscarmos validações diretamente com o nosso mercado alvo. Essa saída a campo se mostrou bastante desafiadora e divertida”, explica.

Segundo Peloi, num primeiro momento, a equipe cogitou a possibilidade de desenvolver um modelo de negócios voltado para a área de engenharia química, mas que, durante a validação, mostrou-se de difícil aplicação e inviável. “A equipe teve que procurar outras soluções que fossem trabalhadas pela tecnologia e muitos conselhos do Roberto nos serviram diretamente a isso. Depois de algumas reuniões, já existia uma afinidade bem grande entre a equipe e ele. Inclusive, o suporte dado por ele não apenas nas reuniões, mas por emails e em vários momentos cruciais do desafio foi muito importante. A equipe conseguiu entregar o segundo canvas com alguma antecedência ao prazo graças a um grande nível de organização e de lição aprendida com experiências passadas. A própria experiência de pivotagem nos mostrou que há muitos momentos em que um caminho melhor só é encontrado depois de muita reflexão e conversa com profissionais”, releva.

A equipe Desenvoltura é formada também por Nicolas Carnier, Carolina Ogata, Caio Santolim e Patrícia Vilela, todos alunos da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp. Sobre o aprendizado adquirido no Desafio Unicamp, Peloi acredita que seja uma boa oportunidade para os participantes: “o grupo tem um perfil muito empreendedor. Já é o segundo desafio de empreendedorismo que a equipe participa, com o mesmo nome e com praticamente a mesma formação (mudou apenas um dos cinco integrantes). De modo geral, ainda há um caminho muito grande para que possamos abrir nossas próprias empresas, mas o crescimento pessoal e profissional, sem dúvidas, é muitíssimo relevante em desafios desse tipo”, conclui.

A final do Desafio Unicamp acontece no próximo dia 2 de julho, às 15 horas, no auditório do Conselho Universitário (Consu). O evento é fechado para convidados e equipes finalistas. Em 2014, o Desafio, que está na quarta edição, é patrocinado pela Capes, Embraer, Movile, Cristália, LDSoft, Banco do Brasil e EDTI. A competição também conta com o apoio institucional do Unicamp Ventures, da Baita, da Associação Campinas Startups, Núcleo das Empresas Juniores da Unicamp, do Ciesp Campinas, da Liga Empreendedora e Dika Job.