19 de fevereiro de 2016 SBW (2012)
NOVA VARIEDADE DE ESTÉVIA FAVORECE CADEIA DE PRODUÇÃO NA ÁREA AGRÍCOLA
Em 2012, a Agência de Inovação Inova Unicamp realizou o primeiro licenciamento de um cultivar da Unicamp. Trata-se do cultivar Estévia CBQBA T6, fruto de uma pesquisa desenvolvida pelos pesquisadores Marcos Nopper Alves e Ilio Montanari Júnior, do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp. O pedido da proteção de cultivar foi realizado em 2012 junto ao Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
No mesmo ano, o cultivar foi licenciado para a empresa SBW do Brasil com o auxílio da Agência de Inovação Inova Unicamp. “A Inova Unicamp auxiliou na tramitação dos documentos junto ao MAPA”, afirmou o professor Ilio. De acordo com Clayton Debiasi, diretor de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da SBW, a Agência deu toda a orientação para que o cultivar fosse protegido. “A Inova concedeu o suporte para que os documentos fossem preparados de forma correta”. Para o diretor, a equipe da Agência foi muito prestativa, fazendo com que os prazos fossem cumpridos dentro do previsto. “O auxílio foi primoroso desde o início do processo até o seu fechamento, com a assinatura e envio dos contratos”, esclarece.
Debiasi explica que o interesse no cultivar surgiu devido às demandas da empresa por mudas de estévia e ao fato da empresa possuir potenciais clientes interessados no cultivo desta espécie. “Por possuirmos um contato prévio com o professor Nopper, o questionei sobre esta espécie, que ele afirmou possuir na coleção. Além disso, o professor possuía um trabalho de melhoramento genético baseado em seleção massal, o que nos interessou”, relata. A partir de então, a empresa estabeleceu uma parceria com os pesquisadores do CBQBA para trabalhar a melhor forma de uso destes materiais. De acordo com o professor Ilio, a técnica para desenvolver um cultivar – chamada de melhoramento genético – é de uso corrente. “Nossa intenção foi criar um cultivar que pudesse se tornar uma opção agrícola e, assim, favorecer a cadeia de produção para que a indústria de transformação – que transforma matéria-prima em produto acabado – pudesse contar com um fornecimento regular, padronizado e na quantidade demandada”, explica.
Para Debiasi, as perspectivas para utilização da tecnologia são positivas. “Estamos trabalhando as primeiras produções para iniciarmos a comercialização das mudas produzidas a partir de matrizes da Estévia CPQBA T6”. O diretor afirma que a empresa objetiva que “o produto final resultante da linha de produção garanta o que de melhor se tem hoje disponível e registrado em termos de estévia”. O diretor da SBW do Brasil ainda ressalta que o contato com a Unicamp, universidade de excelência em pesquisa e inovação, foi um fator decisivo na escolha da parceria universidade-empresa. “Acreditamos que estreitar os laços técnicos e de negócios em parceria com entidades de renome, como a Unicamp, trará ainda mais respaldo à empresa frente ao mercado, abrindo diversas possibilidades de expansão nos negócios”, finaliza.
SOBRE A SBW DO BRASIL
Situada em Holambra (SP), a SBW do Brasil é uma empresa que atua como líder no setor de biofábricas de plantas e tem como principal atividade a produção e comercialização de mudas micropropagadas in vitro através de métodos biotecnológicos de cultura de tecidos vegetais. A empresa tem como missão liderar o setor nacional de produção e comercialização de mudas micropropagadas, objetivando continuar contribuindo desta forma para que o agronegócio brasileiro continue em expansão tecnológica, crescendo e se diferenciando no cenário mundial.