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A equipe da Aceleradora Baita trabalha em um laboratório para Pesquisa e Desenvolvimento no Parque Científico da Unicamp
A Baita Aceleradora, empresa-filha da Unicamp, está desenvolvendo por meio de um convênio P&D com a Universidade novas ferramentas para aplicar em programas de aceleração de startups


Esta matéria faz parte da série de reportagens produzidas pela Inova sobre as empresas que compõem o ecossistema empreendedor da Unicamp. Saiba que tipos de empresas podem integrar esse ecossistema e como se cadastrar na página de Vivência Empreendedora

Texto: Caroline Roxo | Fotos: Pedro Amatuzzi – Inova Unicamp

 

A Baita Aceleradora, empresa-filha da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), está finalizando a primeira etapa do desenvolvimento de metodologia para aplicar em programas de aceleração de startups com foco em empresas de base tecnológica. A iniciativa tem o objetivo de otimizar os métodos e ferramentas utilizados, tornando-os mais adequados para o perfil de cada negócio, que esteja em consonância com as melhores práticas mundiais.

O projeto está sendo desenvolvido no laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que a empresa mantém dentro do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, sob gestão da Agência de Inovação Inova Unicamp, e é realizado em parceria com a Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, estabelecido em 2021 e sob a coordenação do professor Bruno Brandão Fischer.

O professor Bruno Brandão Fischer, da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, está na coordenação do projeto no âmbito de representação da Universidade

“O desenvolvimento do projeto junto à Baita é uma oportunidade única no cenário brasileiro de se aprimorar uma metodologia de excelência em aceleração de startups com evidências científicas robustas. É uma interação extremamente rica em termos de troca de conhecimento para os discentes da Unicamp envolvidos no projeto. Temos aí alunos de graduação, mestrado e doutorado contribuindo nesta iniciativa. Isto é mais uma semente plantada visando o adensamento do ecossistema de empreendedorismo de Campinas e região”, afirma Fischer, professor na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp.

Desde então, a Baita vem se destacando no cenário empreendedor por seu papel importante no impulsionamento de startups e, com o desenvolvimento desse projeto, busca inserir ferramentas inovadoras no âmbito de aceleração de startups, que possam tornar cada processo único e personalizado. O projeto tem previsão de execução de três anos, mas já apresenta perspectivas de renovação para a conclusão de novas etapas.

“Em cada fase operacional do dia a dia de uma startup você precisa de instrumentos diferentes. É possível uma startup fazer mais de uma aceleração, para aprender novas técnicas, por exemplo. Pensando nesse cenário é que queremos trazer uma inovação para esse mercado empreendedor, com o intuito de aprimorar processos de aceleração e reunir técnicas em uma só metodologia”, diz Rosana Jamal, co-fundadora da Baita Aceleradora que está à frente do convênio de P&D da empresa em parceria com a Unicamp.

As etapas para desenvolver a nova metodologia de aceleração

O projeto está dividido em três fases: revisão de metodologias e levantamento de informações; desenvolvimento da metodologia; e testes com validação. A primeira etapa será finalizada ainda em 2023 e reunirá informações de portfólios da Baita, levantamento de dados e entrevistas com startups.

“Estamos avaliando a ampliação do projeto por mais dois anos, para iniciarmos a etapa de como aplicar todo o levantamento que fizemos e, posteriormente, começarmos a aplicação de fato, para avaliar a nossa nova forma de fazer uma aceleração”, revela Rosana Jamal.

O início da segunda etapa já está previsto para começar em 2023, em que serão desenvolvidas as ferramentas que atendam novos negócios no mercado brasileiro. A terceira e última etapa será para validar o resultado, aplicando as novas ferramentas em diferentes grupos de startups de base tecnológica, tornando os conceitos e metodologias em processos práticos. Fischer ainda explica como o projeto vai impactar diretamente o processo de aceleração.

“Os processos de aceleração são usualmente amparados pela experiência dos envolvidos, mas carecem de testes e experimentos que permitam verificar com precisão os impactos efetivos gerados pelo processo de aceleração. Através da combinação de métodos qualitativos e quantitativos, teremos insumos para construir juntamente à Baita uma metodologia de aceleração mais eficaz e que deverá servir de inspiração para outras aceleradoras no país”, explica Fischer.

 

Sobre a Baita e os projetos impactados

A equipe da Aceleradora Baita trabalha em um laboratório para Pesquisa e Desenvolvimento no Parque Científico da Unicamp

Fundada em 2013 por um grupo de seis empreendedores e ex-executivos de empresas, a Baita, que significa lar em hebraico e cabana em italiano, é uma empresa-filha da Unicamp que tem como missão oferecer acompanhamento personalizado para impulsionar negócios de base tecnológica a competirem no mercado. A empresa já atendeu mais de 400 startups, sendo que 65 delas foram investidas pela Baita. Essa trajetória de sucesso faz da Baita uma referência no ecossistema de aceleração de startups brasileiro.

A empresa está envolvida em vários projetos de aceleração, incluindo trabalhos próprios com dois programas anuais de aceleração, contratos específicos para projetos iniciantes e programas em parceria com outras empresas e instituições. Entre as parcerias, destacam-se o Desafio Unicamp, organizado pela Inova Unicamp, além de atividades com o Samsung Ocean, a Bosch, o programa Campo Digital em parceria com a Meta e o Instituto Eldorado.

Além disso, a Baita faz parte do projeto "Coalizão para o Impacto", lançado em Campinas no final de 2022, com a participação da Inova Unicamp. A Baita oferece mentorias para impulsionar projetos que gerem impacto social ou ambiental de forma solidária.

 

Sobre o Parque Científico da Unicamp

A Baita Aceleradora faz parte do ecossistema e está localizada dentro do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp. O local é constituído por 100 mil m² urbanizados, voltados para hospedar laboratórios de P&D - com projetos de pesquisa em parceria com a Unicamp, como a Neger Telecom - e startups.

O ingresso das empresas é realizado por meio de submissão de propostas em edital de fluxo contínuo, disponível junto a um passo a passo no site do Parque para startups ou para empresas que desejam instalar seus laboratórios de pesquisa dentro da Unicamp.

 

Ecossistema da Unicamp

Esta matéria compõe a série de reportagens produzida pela Inova sobre empresas que fazem parte do  ecossistema da Unicamp. São consideradas empresas-filhas da Unicamp os empreendimentos fundados por pessoas que têm ou tiveram vínculo com a Universidade, tais como alunos, ex-alunos, docentes e funcionários ou ex-funcionários. Além de empresas que foram incubadas na Incamp ou criadas a partir de uma tecnologia desenvolvida na Universidade, as chamadas empresas spin-off.

A Inova Unicamp está com o cadastro aberto para mapear novas empresas de seu ecossistema. O cadastro é gratuito e abre a oportunidade para a empresa se integrar ao ecossistema empreendedor da Universidade. Acesse aqui: https://www.inova.unicamp.br/cadastro-filhas/