Anprotec | Delegação Brasileira e Anprotec se Destacam na 42ª Conferência Mundial da IASP

Uma mulher discursa em cima de um palco, enquanto outras quatro pessoas aparecem sentadas, próximas a ela. A palestrante veste calça jeans e blusa básica. Ao fundo, há um telão com imagens coloridas e elementos gráficos Fim da descrição.

Texto: Anprotec – Divulgação | Foto: Divulgação – IASP

A delegação brasileira marcou presença no segundo dia da 42ª Conferência Mundial da IASP (International Association of Science Parks and Areas of Innovation), realizada em Beijing, China. Sob o tema “Elevating Excellence: Innovation Spaces Driving High-Quality Development”, o evento reúne, entre 16 e 19 de setembro, líderes globais para discutir como parques tecnológicos e ecossistemas de inovação podem impulsionar o crescimento sustentável e inclusivo.

A Anprotec, que reúne cerca de 400 membros incluindo incubadoras, parques tecnológicos e aceleradoras, liderou a participação brasileira com a Missão Internacional China 2025 | 42ª Conferência da IASP e Ecossistema de Xiamen, com contribuições estratégicas que reforçaram o papel do Brasil como polo de inovação na América Latina.

Inovação Urbana e Desenvolvimento Territorial

A presidente da Anprotec, Adriana Ferreira de Faria, integrou o painel “Urban Renewal and Smart City Strategies”, ao lado de representantes da China, Espanha e Suécia. Professora titular da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e diretora executiva do tecnoPARQ CenTev UFV, Adriana apresentou o programa Viçosa S.M.A.R.T. como catalisador de desenvolvimento urbano integrado, baseado no modelo da Tríplice Hélice (universidades, empresas e governo).

Na imagem, há pessoas sentadas em cadeiras posicionadas no palco da conferência. Uma mulher fala no microfone enquanto os outros escutam. Ao fundo, há um telão com alguns elementos gráficos e texto em inglês. Fim da descrição.

Foto: IASP/Divulgação

A iniciativa, coordenada pelo tecnoPARQ e apoiada pelo Conselho Municipal de Inovação Tecnológica (CMIT), estrutura-se em cinco pilares — Sustentabilidade, Mobilidade, Acessibilidade, Resiliência e Tecnologia — para transformar Viçosa em uma cidade inteligente, eficiente e resiliente, alinhada à sua vocação agrícola. O estudo analisou 610 metas municipais e identificou 125 já em conformidade com padrões internacionais de smart cities (ABNT ISO 37120), revelando um caminho consistente para a certificação e destacando oportunidades de integração em áreas como mobilidade, saúde, educação e saneamento.

“O programa Viçosa S.M.A.R.T. exemplifica como a inovação pode impulsionar o desenvolvimento urbano sustentável, integrando tecnologia, planejamento e parcerias para elevar a qualidade de vida em cidades de médio porte. Em Viçosa, com sua forte base agrícola e a expertise da UFV, o tecnoPARQ atua como ‘sandbox’ para soluções inovadoras, conectando pesquisa acadêmica a impactos reais em mobilidade inteligente, governança digital e gestão ambiental. Essa abordagem, ancorada em padrões globais como a ISO 37120, tem potencial de replicação em outras cidades brasileiras e latino-americanas. Pela Anprotec, trabalhamos na disseminação de práticas e conhecimentos que ampliam experiências como essa, promovendo não apenas crescimento econômico, mas também inclusão social. Parcerias internacionais, como as que discutimos aqui, nos permitem compartilhar esses exemplos e aprender com outras iniciativas ao redor do mundo”, pontuou.

Centros Internacionais de Inovação e Sustentabilidade

Romildo Dias Toledo, diretor de relações internacionais da Anprotec e diretor executivo do Parque Tecnológico da UFRJ, foi palestrante no painel “Role of innovation spaces in building an international centre for innovation”, debatendo com especialistas da China e do México. Sua apresentação destacou a experiência brasileira em articular ecossistemas acadêmicos e empresariais, explorando projetos de bioeconomia, energias renováveis e a internacionalização de startups.

Na imagem, há cinco pessoas posicionadas no centro de um palco. Ao fundo, está um telão com elementos gráficos e texto em inglês. Fim da descrição.

Foto: IASP/Divulgação

“O Parque Tecnológico da UFRJ reúne centros de pesquisa de grandes empresas, startups e laboratórios de ponta conectados à universidade, criando um ambiente único de interação entre ciência, empreendedorismo e inovação. Nossa atuação tem forte ênfase em óleo, gás e energia, além de sustentabilidade, com destaque para pesquisas relacionadas à economia do mar e à transição energética — áreas estratégicas para o futuro do planeta. Participar da IASP é uma oportunidade de mostrar como o Brasil articula grandes empresas, ecossistemas acadêmicos e empreendedores em soluções que unem desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental, além de ser uma excelente chance de aprendizado com práticas internacionais”, afirmou.

Delegação Robusta Representa Diversidade do Ecossistema Brasileiro

Na imagem, aparece o salão de convenções lotado e o telão ao fundo . Enquanto os palestrantes se sentam em cadeiras posicionadas no palco, os espectadores se posicionam na parte inferior do salão. Fim da descrição.

Foto: IASP/Divulgação

Além das lideranças da Anprotec, a delegação brasileira – composta por cerca de 30 participantes de instituições diversas como Sebrae, MCTI, ABDI e Finep – enriqueceu o evento com perspectivas diversificadas:

  • Ricardo Fernandes da Silva (UFV) integrou o painel “Urban renewal and smart city strategies” junto com Adriana Ferreira de Faria
  • Silvio Bitencourt da Silva (Tecnosinos/Unisinos) foi palestrante em “High-quality economic development empowered by innovation spaces”
  • Mariana Zanatta Inglez (Inova Unicamp) participou do painel “Building a community of innovation and entrepreneurship”
  • Thomaz Martins de Aquino contribuiu em outro painel sobre construção de comunidades de inovação e empreendedorismo

A delegação, selecionada em parceria com instituições governamentais, reflete a robustez do ecossistema brasileiro de inovação, com foco em áreas como saúde, IA, agroindústria e tecnologias sustentáveis.

Impactos e Perspectivas Futuras

“A participação brasileira consolidou a Anprotec como ponte essencial para cooperação internacional, abrindo caminhos para missões de softlanding, intercâmbios e investimentos conjuntos. Com o evento continuando até 19 de setembro, a delegação segue engajada em networking e visitas técnicas ao Zhongguancun Science Park e outros ecossistemas chineses”, explica Luís Gustavo Peles, consultor de projetos da Anprotec e líder das iniciativas de internacionalização da Associação.

🌐 Matéria originalmente publicada no site da Anprotec.

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