Inova Unicamp ministra curso sobre mecanismos de transferência de tecnologia para Institutos Federais

Na imagem, aparece uma teleconferência com vários participantes. Alguns rostos aparecem em pequenas telas, enquanto outros usuários mantém a câmera desligada. Fim da descrição.
Apresentação da Agência de Inovação da Unicamp foi realizada dentro do Curso de Formação de Agentes de Inovação do arranjo de NITs (núcleos de inovação tecnológica)  “Inovação Conectada”, que reúne os NITs dos Institutos Federais IFMG, IFNMG, IF Goiano, IF Sudeste MG e CEFET-MG

Texto: Ana Paula Palazi e Isabele Scavassa – Inova Unicamp | Imagem: Reprodução – Google Meet

No cenário dinâmico da ciência e tecnologia, a inovação raramente é um processo solitário. A colaboração e a transferência de conhecimentos são fundamentais para que tecnologias desenvolvidas em pesquisas científicas se transformem em soluções reais para a sociedade. Esta foi a tônica de uma apresentação sobre “Mecanismos de Transferência de Tecnologia”, ministrada pela Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas (Inova Unicamp) no Curso de Formação de Agentes de Inovação. 

O curso é uma iniciativa da rede de colaboração de NITs “Inovação Conectada” formada pelos NITs dos Institutos Federais do Norte de Minas Gerais (IFNMG), de Minas Gerais (IFMG), Goiano (IF Goiano), e do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG), além do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). O objetivo da aliança é fortalecer e consolidar os Núcleos de Inovação Tecnológica da Rede Federal visando o desenvolvimento científico e tecnológico dentro dessas instituições públicas.

A palestra foi ministrada em dois dias por Beatriz Hargrave, supervisora de parcerias e transferência de tecnologia na Inova Unicamp. Hargrave começou a apresentação com um olhar sobre o cenário brasileiro, destacando o papel do Marco Legal de Inovação

“A legislação, tornou obrigatória a criação de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) em instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) públicas e estabeleceu as bases necessárias para que contratos de transferência de tecnologia pudessem ser firmados com segurança jurídica”, comentou a supervisora,  abordando na sequência sobre a estrutura integrada da Inova Unicamp – que reúne proteção da propriedade intelectual, parcerias e transferência de tecnologias sob uma mesma coordenação – além do histórico da Agência. Fundada em 2003, um ano antes da Lei de Inovação, a Inova é um exemplo de estruturação de um NIT em atividade. 

A supervisora também compartilhou diferentes modalidades para se fazer a ponte entre a Universidade e o mercado. Uma delas são os acordos  para pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), que permitem que ICTs e empresas atuem em conjunto em projetos de pesquisa, compartilhando riscos associados à inovação e, em muitos casos, a titularidade da propriedade intelectual gerada. 

Para além dessas parcerias, a transferência de tecnologia na Unicamp pode acontecer por meio de licenciamentos de patentes, programas de computador e cultivares, fornecimento de know-how, entre outros. Outra via explorada é a criação de spin-offs acadêmicas, empresas criadas a partir de tecnologias ou conhecimentos originados na Universidade. 

Ao tratar da criação de spin-offs, Hargrave destacou que, embora o trajeto entre o laboratório e o mercado seja frequentemente visto como longo e complexo — conhecido como ‘Vale da Morte’ —, a transferência de tecnologias para spin-offs representa uma oportunidade para que a pesquisa acadêmica cumpra seu papel social.

2º encontro abordou estratégias para transferência de tecnologia 

No segundo dia do encontro, Beatriz Hargrave  apresentou as atividades da coordenadoria de negócios e inovação da Inova Unicamp, com destaque para a área de parcerias e transferência de tecnologia. A supervisora explicou como ocorre a análise integrada das invenções, que articula as áreas de propriedade intelectual e transferência de tecnologia para fortalecer a proteção das invenções e possibilitar ofertas mais eficazes ao mercado. 

“A interação entre as áreas de propriedade intelectual e transferência de tecnologia representa um grande avanço, pois facilita a análise sobre a viabilidade de colocar uma tecnologia no mercado. A experiência da Inova Unicamp é um exemplo para nós”, destacou Juliana Godinho, administradora atuante no Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia do IF Sudeste MG, durante a moderação do curso, sobre o conteúdo apresentado pela Inova Unicamp.

Entre as estratégias destacadas, foram mencionados os Comitês de Transferência de Tecnologia, realizados desde 2014 pela Inova Unicamp. Esses encontros têm como objetivo aprofundar a compreensão sobre cada invenção, contemplando etapas como o entendimento de patentes, seus diferenciais e aplicações, a elaboração de pré-análises de mercado, a identificação de potenciais parceiros para licenciamento, a realização de ofertas proativas de tecnologias e o compartilhamento destas informações entre analistas, o que auxilia na definição de estratégias para futuras ofertas. Também são avaliados a maturidade das tecnologias (TRL) e possibilidade de internacionalização da proteção

Além disso, a supervisora apresentou o fluxo de interações com pesquisadores, estruturado a partir de entrevistas e de um roteiro detalhado de perguntas, que permitem compreender melhor o potencial de cada invenção.

Outra ação voltada à comunicação e divulgação de tecnologias é a preparação de perfis tecnológicos que compõem o Portfólio de Tecnologias da Unicamp. Essa vitrine virtual reúne invenções da Universidade apresentadas em linguagem que usa técnicas de jornalismo, divulgação científica e propaganda, utilizadas em ofertas a empresas, eventos e rodadas de negócios. 

A apresentação foi concluída com exemplos de iniciativas da Inova Unicamp voltadas à promoção da comunicação e cultura de inovação e empreendedorismo. Entre elas, estão campanhas anuais de sensibilização sobre a proteção da propriedade intelectual, parcerias e transferência de tecnologia no campus, e também oficinas e mentorias para alunos, docentes e pesquisadores. Também foram mencionados os programas anuais, Inova em Ação, Prêmio Inventores e Desafio Unicamp, e publicações como o Guia de Invenções e o Guia de Transferência de Tecnologia e Parcerias para PD&I e os relatórios de atividade. 

Sobre a Inova Unicamp

A Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas (Inova Unicamp), criada antes da Lei de Inovação, atua desde 2003 como o único Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Universidade, responsável pela proteção dos ativos de propriedade intelectual da Unicamp e pela proteção dos interesses da Unicamp em convênios de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) firmados com empresas e instituições e nas transferências de tecnologias da Universidade. 

Também é responsável por promover a comunicação e cultura de inovação e empreendedorismo, pelo apoio na criação de empresas spin-offs acadêmicas, pelo mapeamento de empresas-filhas da Unicamp e pela gestão do Parque Científico e Tecnológico e da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp).

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