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Grupo já está presente no prédio do Núcleo e agora ocupa dois andares do Soma com duas empresas

Texto por Thais Oliveira | Foto acervo Idea, realizada pré-pandemia

2020 foi um ano marcado por crescimentos para a Idea. Além de ter um crescimento de 42 vezes em faturamento em relação a 2016, a empresa-filha que já havia adquirido a empresa BrPhotonics em 2018, incorporou também a Pi-Tecnologia, se tornando o Grupo Idea. Assim, o grupo também expandiu fisicamente e passou a ocupar três espaços no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp: Um andar no Prédio do Núcleo e dois andares no recém-inaugurado prédio Soma.

O térreo será voltado às atividades da Idea, que ganhará salas individuais para a realização de projetos e reuniões, mas também funcionará como um centro de operações e uma área de convergência para as três empresas do grupo, principalmente se desempenharem projetos em comum. Atualmente, a Idea conta com 65 colaboradores e só em 2020, o grupo abriu mais de 40 vagas de emprego.

Entre as vagas abertas, algumas foram destinadas à estágio para alunos da Unicamp. Durante o ano, a fim de apresentar a empresa e os seus objetivos, a Idea participou de eventos e webinars dos cursos de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação. Para o CEO e ex-aluno do doutorado em Engenharia Elétrica, Júlio Oliveira, o objetivo da comunicação direta com os alunos é mostrar que o Brasil tem alto potencial de desenvolver tecnologias de ponta e mudar a ideia de que para eles trabalharem na área de alta tecnologia devem sair do país.

“Acreditamos que têm muitos talentos no país e sobretudo na Unicamp que podem desenvolver projetos de tecnologia de ponta. Queremos mudar a ideia de que para que eles possam trabalhar na área, precisam mudar para o exterior”, comentou Oliveira

A empresa tem o foco no desenvolvimento de lasers, circuitos fotônicos integrados e módulos de transmissão de alta velocidade para o mercado de telecomunicações e data centers. Os processos de ideação e projeto de tecnologia são realizados em Campinas, no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, onde também são mantidos projetos de P&D com a Universidade.

O primeiro andar do Soma será ocupado pela Pi-Tecnologia, que tem como como missão contribuir com a evolução de sistemas de comunicação e de imagem, através do desenvolvimento de hardwares eletrônicos de última geração. O espaço abrigará laboratórios eletrônicos, mecânicos e um específico com condições para que não haja contaminação na fabricação de componentes. A empresa, que possui 24 colaboradores, possui em seu portifólio o PIMEGA, detector de raios x utilizado em experimentos científicos que são executados em aceleradores de partículas de luz sincrotron, sendo o Sirius o principal usuário deste produto.

A expansão faz parte do objetivo maior do grupo que é ampliar o ecossistema local na área de hardware e de acordo com o CEO, ser um player na entrada do Brasil no mundo de micro fabricação. “Acredito muito que conseguiremos ampliar a verticalização na cadeia de hardware e expandi-la para aplicações além de telecom.”, exclamou Oliveira.