Prêmio de Inovação Fleury tem três projetos da Unicamp entre os vencedores

Prêmio de Inovação Fleury

Prêmio de Inovação Fleury

Texto via FAPESP 

Foto de capa via Pexels

Três projetos da Unicamp foram vencedores da 6ª edição do Prêmio de Inovação do Grupo Fleury. O concurso reconhece projetos inovadores na área da saúde e, nesta edição, premiou ideias para a superação da pandemia do novo coronavírus, tanto no combate e prevenção da COVID-19 como na necessidade de adaptação do cotidiano. Os vencedores foram premiados em três categorias e o resultado foi divulgado no início de dezembro em uma cerimônia realizada on-line. Cada projeto foi apresentado no formato de vídeo.

O projeto “CoronaYeast: um modelo de diagnóstico barato e sensível para o SARS-CoV-2 baseado em levedura”, desenvolvido pelo Laboratório de Genômica e Bioenergia (LGE) da Unicamp, em parceria com a empresa-filha da Universidade, BIOinFOOD, com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), foi o primeiro colocado na categoria “Detecção e Diagnóstico”. Já o primeiro colocado na categoria “Tratamento e Prevenção” foi o projeto “Recobrimento antiviral para a funcionalização de superfícies de equipamentos de proteção individual”, do Laboratório de Engenharia e Química de Produtos (LEQUIP). A Força-Tarefa Unicamp contra a COVID-19 ficou em segundo lugar na categoria “Adaptação à Pandemia”.

O projeto desenvolvido pelo LEQUIP da Unicamp consiste na criação do SprayCov, um líquido em spray capaz de eliminar o coronavírus de superfícies como os equipamentos de proteção individual (EPIs) utilizados por profissionais de saúde e também as máscaras de algodão. A ideia é que ele sirva como uma proteção extra ao bloqueio físico do vírus, formando uma barreira ativa que destrói o SARS-CoV-2, o que amplia a segurança e a durabilidade dos EPIs. Nos testes realizados pelo laboratório, o produto manteve a eficácia por três dias, impedindo a replicação do vírus.

Já o CoronaYeast é um protótipo de teste para detecção do coronavírus que utiliza um tipo de levedura que muda de cor quando entra em contato com o SARS-CoV-2 encontrado em amostras de saliva, por exemplo. Isso ocorre graças a um biossensor incluído nas células da levedura. O projeto é desenvolvido pelo pós-doutorando Fellipe Bezerra de Mello e pela mestranda Carla Maneira da Silva, pesquisadores ligados ao LGE, em parceria com a empresa-filha da Unicamp BIOinFOOD. A equipe conta também com financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O projeto do CoronaYeast segue em andamento, mas a patente para a tecnologia já foi solicitada. A expectativa é que no primeiro semestre deste ano os estudos apontem a eficácia da técnica desenvolvida.