Experiências e debate sobre como ser uma unidade EMBRAPII foram temas de workshop na Unicamp

Professor Guimarães apresenta a EMBRAPII para auditório lotado na Unicamp

Texto de Kátia Kishi

Fotos de Antonio Scarpinetti (SEC Unicamp)

Com foco em tornar a Unicamp uma universidade ainda mais inovadora, nessa última sexta-feira (03), a Universidade recebeu o professor Jorge Guimarães, diretor-presidente da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial). Guimarães abriu o “Workshop EMBRAPII”, evento que reuniu algumas das Unidades da Universidade com interesse em trabalhar com mais proximidade com o setor empresarial, bem como ingressar na rede Embrapii.

As Unidades Embrapii são centros de pesquisa aplicada e de inovação com alta capacidade técnica, selecionados para desenvolverem projetos e solucionarem problemas de empresas parceiras através de tecnologia. Assim, uma Embrapii vem para preencher a lacuna de alta produção científica e baixo desenvolvimento tecnológico e a ausência de centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) no Brasil, explicou Guimarães.

Mesa de abertura com o reitor da Unicamp Marcelo Knobel, o pró-reitor de pesquisa da Unicamp Munir Skaf, Jorge Almeida Guimarães, diretor-presidente da Embrapii e o diretor-executivo da Inova Unicamp Newton Frateschi

Atualmente, a Unicamp possui uma Unidade Embrapii credenciada, o Centro de Química Medicinal (CQMED). Mas é de interesse da Universidade ingressar no sistema com mais unidades e promover cada vez mais a interação da Unicamp com o setor empresarial. “A Unicamp atua no avanço sistemático da sociedade também por meio de parcerias com o setor empresarial”, afirmou o reitor da Unicamp, professor Marcelo Knobel, durante o evento.

Para o diretor-executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp, Newton Frateschi, a Unicamp tem potencial para ter mais Unidades EMBRAPII. “E a Inova está aqui para apoiar e colaborar com os pesquisadores da Universidade interessados em submeter seus projetos, seja para se credenciar como unidade Embrapii, ou no dia a dia em seus convênios de pesquisa com o setor empresarial”, comentou.

Experiências EMBRAPII de docentes da Unicamp

Durante o workshop, também foram convidados docentes da Unicamp com experiência de aprovação e reprovação no processo seletivo para credenciamento de uma Unidade EMBRAPII, além de outros que apresentaram suas ideias de projetos para um próximo edital de seleção.

Entre eles, esteve presente o professor Paulo Arruda que apresentou os projetos desenvolvidos na Unidade Embrapii da Unicamp, Centro de Química Médica (CQMED), que mantém parcerias em projetos com a Ache, Promega e Eurofarma. Arruda explicou que o diferencial da Unidade é que ela trabalha nas fases pré-competitivas a fim de acelerar o processo para colocar o produto no mercado com as empresas parceiras: “Tenho certeza que criamos um ambiente de pesquisa inovadora no Brasil.”

Guimarães também sanou dúvidas do público presente e ressaltou para os interessados não valorizarem a oferta de serviços em suas propostas, mas sim as pesquisas. Entre as ideias de projetos apresentadas durante o workshop, o diretor-presidente do EMBRAPII salientou que as propostas não devem ser tão amplas e tentar abraçar toda a expertise de pesquisa da Unidade, mas sim focar na área com maior experiência e potencialidade de colaboração com o setor empresarial.

Também fizeram apresentações de suas propostas EMBRAPII a professora Mirna Gigante, diretora da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), o professor Christian Esteve Rothenberg, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e o professor Dosil Pereira de Jesus, do Instituto de Química (IQ).

O professor Alberto Serpa, da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), compartilhou sua experiência com uma proposta reprovada e agradeceu ao Workshop EMBRAPII por esclarecer melhor os pontos que devem ser melhorados para uma nova abordagem e submissão.

Veja todas as apresentações abaixo: