Programa Brave da Unicamp vence Prêmio CNA agro Brasil

Fotografia. Professor Gonçalo, Docente responsavel pela pesquisa em parceria, fala em sala fechada, ele é um homem branco e careca, usa uma camisa com um terno. Atrás dele duas telas uma com o aplicativo de videoconferência zoom e outra com uma apresentação de slides sobre o Programa Brave. Fim da descrição.

Texto: Paula Penedo | Fotos: Felipe Bezerra | Edição de imagem: Paulo Cavalheri (SEC Unicamp)

O Programa Brazil Agave Development (Brave) da Unicamp foi um dos vencedores do Prêmio CNA Agro Brasil 2023 na categoria Pesquisa e Desenvolvimento. Criado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a premiação homenageia profissionais, personalidades ou instituições que tenham contribuído para o desenvolvimento da agropecuária brasileira, sendo entregue anualmente em quatro modalidades, as de Comunicação, Pesquisa e Desenvolvimento, Política e Destaque do Ano.

A iniciativa Brave, realizada em parceria com a Shell, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), é um convênio sediado no Laboratório de Genômica e Bioenergia (LGE) do Instituto de Biologia da Unicamp e que tem como principal objetivo a exploração do agave – um gênero de suculentas típico de regiões semiáridas – como fonte de energia limpa e renovável, visando ao desenvolvimento de biorrefinarias avançadas no sertão nordestino.

fotografia tirada de cima de duas mudas da planta agave em vasos laranjas. fim da descrição

A agave é um gênero de suculentas típico de regiões semiáridas; fonte de energia limpa e renovável

Com um investimento de R$ 30 milhões da Shell para o financiamento de pesquisas biológicas, agrárias e industriais – e em conjunto com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz –, o LGE coordena subprojetos em temas como caracterização, sequenciamento e melhoramento genético do agave, desenvolvimento de mudas de baixo custo e análise do seu potencial energético e processo de fermentação, além do estudo do ciclo de vida dessas plantas.

“Fico extremamente feliz como pesquisador, mas muito mais do que isso por ver que o agave e o sertão brasileiro – uma terra de fortes, que historicamente sofre com a pobreza provocada pela inclemência do clima – estão sendo reconhecidos como uma enorme fonte de oportunidades. Um oásis para a bioenergia”, comentou o professor Gonçalo Pereira, coordenador do Brave da Unicamp.

Matéra originalmente publicada no Portal da Unicamp

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