5 de junho de 2025 Produção de enzimas para transformar carboidratos frutanos em bioetanol
Licenciamento não exclusivo de pedido de patente BR102024009105-1 (1943_INULINA)
Na busca por alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis, o bioetanol surge como uma solução promissora. Contudo, a dependência de biomassa convencional, como cana-de-açúcar e milho, enfrenta desafios impostos pelas mudanças climáticas. Diante desse cenário, pesquisadores do Instituto de Biologia (IB) e da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp desenvolveram uma levedura geneticamente modificada que expressa novas inulinases – enzima essencial para produção de bioetanol a partir de frutanos.
Frutanos são carboidratos presentes em plantas como o agave, adaptadas a regiões semiáridas. O Brasil, maior produtor mundial de sisal (fibra extraída do agave), gera grandes quantidades de resíduos dessa planta, que podem ser aproveitados como fonte de biomassa para a produção de bioetanol em escala industrial. A tecnologia consiste em um cassete de expressão de inulinases, que otimiza os processos bioquímicos de hidrólise de frutanos para fermentação por levedura.
A tecnologia foi desenvolvida a partir de um acordo de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) do IB e da FEA com a Shell e abre caminhos para a substituição de combustíveis fósseis e o fortalecimento da economia circular no Brasil.
Cotitularidade: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Unidades da Unicamp: Instituto de Biologia (IB) e Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA)
Inventores: Gonçalo Amarante Guimarães Pereira (Unicamp), Fellipe da Silveira Bezerra de Mello (Unicamp), Ana Clara Penteado David (Unicamp), Marcelo Falsarella Carazzolle (Unicamp), Jade Ribeiro dos Santos (Unicamp), Marina Pupke Marone (Unicamp) e Fábio Trigo Raya (Unicamp)
Empresa licenciada: Shell Brasil Petróleo Ltda
Esta tecnologia responde problemas atrelados ao ODS: 7 – Energia Limpa e Acessível