Método para produção de plantas transgênicas de Agave proporciona resistência a herbicidas e pode elevar a produtividade

Gonçalo Amarante Guimarães Pereira (IB)

Licenciamento não exclusivo de pedido de patente BR102024017385-6 (1958_BROTACAO)

O Agave sisalana, planta líder mundial na produção de fibras naturais de sisal, enfrenta desafios no cultivo devido principalmente à competição com plantas daninhas, reduzindo sua produtividade. Para enfrentar este desafio, pesquisadores do Instituto de Biologia (IB) e da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp desenvolveram um método produção de plantas geneticamente modificadas com características agronômicas aprimoradas, dentre elas, a resistência ao herbicida glifosato, que por sua vez, realiza controle seletivo de plantas daninhas, mantendo as plantas de Agave intactas aos efeitos do mesmo.

A tecnologia compreende a inserção de genes de interesse por meio de uma bactéria, conferindo novas características à planta. A resistência ao herbicida glifosato é a característica agronômica mais explorada atualmente para plantas, o que torna a tecnologia muito relevante, pois gera aumento da eficiência da produção de fibras de alta qualidade e impacta diretamente na fabricação de cordas, tapetes e outros produtos duráveis, além de reduzir a necessidade de recursos como água e pesticidas. Atualmente estas plantas são cultivadas em regiões áridas, e com isso, o método pode colaborar para promoção de práticas agrícolas sustentáveis.

Desenvolvida a partir de um acordo de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) do IB e da FEA com a Shell, a tecnologia fortalece o Brasil como líder na produção de fibras naturais, com aplicabilidade também na indústria de biocombustíveis, visto que estas plantas apresentam grande potencial para produção de biocombustíveis.

 

Titularidade: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Unidades da Unicamp: Instituto de Biologia (IB) e Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA)
Inventores: Gonçalo Amarante Guimarães Pereira (Unicamp), Carolina Rossi de Oliveira (Unicamp), Aline Vitória Corim Marim (Unicamp), Marcelo Falsarella Carazzolle (Unicamp), Giovanna Rafaeli Rezende (Unicamp), Pollyana Karla da Silva (Unicamp) e Camila Gomes Cabral (Unicamp)
Empresa licenciada: Shell Brasil Petróleo Ltda

 

Esta tecnologia responde problemas atrelados aos ODS: 7 – Energia Limpa e Acessível e 12 – Consumo e produção responsáveis

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