INPI, Fiocruz e Inca debatem uso da informação tecnológica no Brasil

Usar a informação tecnológica em prol do desenvolvimento e do bem-estar social. Esse é o objetivo do Observatório Tecnológico em Saúde, que teve sua segunda oficina realizada no dia 11 de março, no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro. Fruto de parceria entre o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com apoio do Inca, a iniciativa busca traçar o panorama das tecnologias relacionadas a câncer de mama, de pulmão, de próstata e de útero, além dos principais depositantes das respectivas patentes.

Na abertura da oficina, a diretora de Cooperação para o Desenvolvimento do INPI, Denise Gregory, destacou que a prioridade da atual gestão do Instituto é divulgar ainda mais a informação tecnológica, com destaque para aquela contida nos documentos de patentes. Segundo ela, o INPI tem acesso aos maiores bancos patentários do mundo, que podem dar base a pesquisas no Brasil.

A partir da informação de patentes, é possível refletir sobre espaços para intensificar o desenvolvimento de inovações na área oncológica, na visão do coordenador de Pesquisa Clínica e Incorporação Tecnológica do Inca, Carlos Gil.

Por sua vez, para o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Jorge Bermudez, a oficina ajudará na prospecção patentária em oncologia. De acordo com ele, o desafio nesse sentido é gerir a patente como patrimônio, oferecendo acesso à tecnologia da saúde como direito fundamental.

Pontuando a complexidade do tema, Adelaide Antunes, coordenadora de Pesquisa em Inovação e Propriedade Intelectual do INPI, lembrou que o Brasil vai bem em publicação de papers, mas encontra dificuldades para inserir produtos no mercado. Já Maria Celeste Emerick, da Fiocruz, mencionou que, além da informação tecnológica, o País precisa analisar questões relativas ao registro de produtos, ensaios clínicos e regulação, que interferem na chegada dos produtos ao mercado nacional.