Inova Unicamp promove seminário sobre Inovação na FEA com workshop de informação tecnológica

Texto e fotografias: Juliana Ewers

Dando início ao segundo giro sobre inovação que a Inova Unicamp pretende realizar nas unidades, a FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos) recebeu hoje o seminário Inovação: do laboratório ao mercado – Estratégias e Capacitação para Projetos de Sucesso, que reuniu alunos, professores e pesquisadores em um encontro focado em boas práticas e experiências acumuladas pelo NIT (Núcleo de Inovação Tecnológica) da universidade.

A atividade, organizada em parceria com a Secretaria de Pós-graduação, contou com a abertura do professor Milton Mori, diretor-executivo da Inova Unicamp, que fez uma retrospectiva da Gestão de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia dentro da universidade e, logo após, apresentou um balanço das atividades da Agência de Inovação, que tem hoje um campo de atuação ampliado, englobando também Pesquisa Colaborativa, Empreendedorismo e o Parque Científico e Tecnológico.

Em seguida, a diretora de Propriedade Intelectual da Inova Unicamp, Patrícia Leal Gestic, tratou de Inovação de Valor aplicada à P&D, destacando a necessidade de pesquisas que produzam algo a capturar uma nova demanda e que estejam alinhadas à diferenciação e ao baixo custo. “Tendo em vista a crise que o Brasil enfrenta hoje, é preciso focar nesse tipo de pesquisa. E para se chegar a tecnologias disruptivas é necessário, antes de tudo, estar em contato com o mercado, para saber suas necessidades e possibilidades futuras”, afirmou.

Fechando o período da manhã, o pesquisador Renato Grimaldi apresentou o case de uma indústria de alimentos, uma parceria de sucesso que rende um dos maiores pagamentos de royalties à universidade.

A primeira geração tecnológica é datada de 2007, quando a empresa firmou um convênio de P&D com a universidade, que permitiu o desenvolvimento de uma tecnologia de baixo teor Trans. Já em 2012, começa a segunda geração tecnológica, cujo trabalho foi o de desenvolver uma nova tecnologia que possuísse baixos teores de trans e saturados.

Durante sua fala, Grimaldi salientou que o contato direto com empresas e com órgãos relacionados ao setor – no caso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) – permitiu que o Laboratório de Óleos e Gorduras se antecipasse à demanda. “Nesse caso, ao apresentar a solução para a demanda da empresa, não há como ouvir uma negativa”, complementou a diretora de PI, Patrícia Leal.

“Relacionamento com empresas é sempre um diferencial, porque assim temos a noção do que eles querem e como aquilo se aplica à produção deles”, ressaltou Grimaldi.

Os primeiros resultados começam a chegar ao mercado aos poucos e já foram, inclusive, tema de reportagem. Confira o link.

Busca e Análise de Patentes

No período da tarde, o seminário contou com o Workshop de Informação Tecnológica – Busca e Análise de Patentes com ênfase no sistema Questel Orbit, organizado pela Inova Unicamp em parceria com a Biblioteca Central. Após a apresentação da base de patentes, a capacitação contou com uma oficina prática para que os participantes se familiarizassem com a plataforma – disponível para todos os membros da comunidade Unicamp – e realizassem buscas na plataforma.

O Questel Orbit tem acesso liberado para o range de IPs da Unicamp e acesso remoto VPN.  No primeiro acesso, os usuários devem digitar o endereço de e-mail Unicamp no campo “User ID” e usar a senha “CAMPO”. Em seguida, é necessário efetuar a troca de senha. A senha deve ter 4 a 8 caracteres alfanuméricos – apenas letras e números.