Statera desenvolve curativo de alto desempenho absorvível pela pele

Texto: Marina Nania

Foto: divulgação

A equipe Statera, uma das seis finalistas do Desafio Unicamp 2016, propôs em seu modelo de negócios o desenvolvimento de um curativo de alto desempenho, baseado em uma tecnologia desenvolvida na Unicamp. O curativo tem como diferencial a qualidade de ser absorvível pela pele, tendo como público-alvo hospitais e farmácias que vendem produtos hospitalares. Pacientes com queimaduras ou diabéticos que sofrem com úlceras são os maiores usuários desse tipo de produto e o principal foco de sua distribuição, de acordo com a equipe.

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A tecnologia na qual se baseia o modelo de negócios é o biocompósito de seda para fins terapêuticos, um compósito capaz de aumentar a proliferação celular e reduzir a resposta inflamatória, sendo ideal para a produção de uma estrutura temporária para a sustentação celular na engenharia tecidual e curativos cirúrgicos.

“A escolha da tecnologia foi feita a partir da área de aplicação do produto e as mudanças que ele poderia gerar aos seus consumidores”, explica Olivia Hodge Viegas, representante da equipe e graduanda em Engenharia Química pela Unicamp. Outro fator importante para a escolha foi a relação prévia da equipe com a mentora acadêmica, a professora Marisa Beppu, uma vez que ela é docente desta faculdade. “Nossas reuniões com a professora Marisa nos ajudaram muito no entendimento da tecnologia e sua produção em pequena e larga escala”, aponta Olivia. A equipe realizou, ainda, uma pesquisa do mercado, a partir da visita a médicos e farmácias e do estudo das tecnologias já disponíveis, dados que serviram como base para o desenvolvimento do modelo de negócio adotado. Ou seja, a modelagem do negócio foi realizada após pesquisa extensa sobre o mercado e as necessidades dos clientes em potencial. 

Os alunos ressaltam ainda a importância das capacitações e mentorias oferecidas pela Unicamp no desenvolvimento do trabalho. “O que aprendemos com Marco Bravo no Workshop de Business Model Canvas foi essencial para nossos primeiros passos. E a interação com o mentor empresarial Alexandre Ferreira nos auxiliou muito na elaboração de nosso modelo”, explicam. Ferreira, consultor da KnowWhy, teve um papel decisivo na identificação do diferencial da tecnologia e a como explorá-la da melhor maneira. Por este motivo, a equipe acredita que o produto tem potencial para ser introduzido no mercado.

Olivia comenta que todos os membros da Statera têm a expectativa de que o modelo de negócio vá ser aplicado no mercado, servindo como uma porta de entrada para a carreira no empreendedorismo. “Após todo esse trabalho, essa passou a ser uma nova possibilidade para nosso futuro”, revela. Segundo a equipe, que conta ainda com os alunos Hugo Braga Inada, Gun Jo e Victor Hugo Mizusaki Funada – todos alunos da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) – a experiência de participar do Desafio Unicamp despertou nos membros o interesse em seguir uma carreira como empreendedores. “A competição foi nosso primeiro contato com o desenvolvimento de um modelo de negócio, introdução de um novo produto no mercado e todo o trabalho envolvido nisso”, relatam.

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