G1 Campinas | Medicamento criado na Unicamp tem eficácia no combate ao câncer de bexiga em casos graves

Ampola de medicamento e seringa para aplicação

Um medicamento desenvolvido na Unicamp apresentou resultados positivos no combate ao câncer de bexiga em pacientes graves, que já tinham realizado tratamentos convencionais e possuíam indicação para retirada do órgão. Após dois anos de ensaio clínico, em 77,3% dos casos o tumor foi eliminado, enquanto nos demais, o câncer voltou com menor intensidade. Os resultados foram apresentados no Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica.

O remédio obteve resultados melhores que o das técnicas atuais, como a raspagem do tumor e aplicação da vacina BCG. A terapia existe desde 1976, mas em pelo menos 50% dos casos há reincidência da doença e muitos pacientes não conseguem completar o tratamento por conta dos efeitos colaterais.

“Muitos desses pacientes não tinham condições clínicas para retirar a bexiga, muitos têm comorbidades que impedem de fazer esse procedimento, além de pacientes que não querem se submeter ao tratamento. Foi nessa perspectiva, nesses critério, que aplicamos o medicamento”, explica Wagner José Fávaro, professor do Instituto de Biologia da Unicamp e um dos inventores do OncoTherad.

Leia a reportagem completa no site do G1 Campinas.

SAIBA MAIS SOBRE O ONCOTHERAD 

OncoTherad (Oncology Therapy Adjuvant) é um imunoterápico adjuvante que atua, como tratamento complementar do câncer de bexiga, na melhora da resposta imunológica por meio de dois mecanismos de ação. Ele ativa as células de defesa para reconhecimento e ataque aos tumores, enquanto reduz a formação de metástase e vasos sanguíneos que alimentam o câncer, com isso também diminui a resistência dos tumores a tratamentos convencionais, como a quimioterapia.

A tecnologia foi licenciada com exclusividade para a spin-off NanoImmunotherapy Pharma, formada por docentes e pesquisadores da Unicamp.  A patente da tecnologia foi concedida nos Estados Unidos pelo United States Patent and Trademark Office (USPTO, na sigla em inglês). O pedido de patente também foi depositado com a estratégia feita pela Agência de Inovação Inova Unicamp no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no Brasil, e no European Patent Office (EPO), o escritório de patentes da Europa, ambos em fases avançadas de exame.