Hoje Mais | Araçatuba sedia projeto inovador para detectar vermes em crianças

Esta é uma foto de uma sala de aula com um professor e alunos. A sala de aula tem um quadro-negro verde, um quadro branco e uma estante à direita. O professor está em pé na frente do quadro-negro e está gesticulando com as mãos. Os alunos estão sentados em carteiras e estão olhando para o professor. As carteiras estão organizadas em fileiras e os alunos têm livros didáticos e cadernos em suas carteiras. A sala de aula tem um piso de azulejos e um ventilador de teto. As janelas têm grades nelas.
Iniciativa é uma parceria entre Unesp e Unicamp, que vai analisar material coletado de crianças de 3 escolas da rede municipal; proposta deve ser apresentada ao Ministério da Saúde

Texto: Redação – Hojemais Araçatuba Foto: Divulgação

Uma parceria entre a Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp de Araçatuba (SP) e a Faculdade de Ciências Médicas e Instituto de Computação da Unicamp (Universidade de Campinas), vai investigar a ocorrência de vermes e protozoários em amostras fecais de estudantes de ensino infantil e do ensino fundamental de Araçatuba.

O projeto, que tem apoio das secretarias municipais de Saúde e Educação, é totalmente gratuito para os participantes e para a administração municipal. Ele teve início com a participação de três escolas municipais e previsão de ser encerrado em dezembro, mas poderá ser estendido até o primeiro quadrimestre de 2024.

Em nota divulgada à imprensa, a professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp de Araçatuba, Katia Bresciani, explica que inicialmente são realizadas palestras nas escolas para as crianças e seus responsáveis, para apresentação do procedimento, que é feito em crianças com até 10 anos de idade.

Nesta semana, a ação foi realizada na escola municipal Carmélia Mello Fonseca, onde os alunos foram informados sobre as parasitoses intestinais, os sinais clínicos e como fazer a prevenção. Durante o encontro também foi solicitada a coleta de amostras de fezes das crianças para serem submetidas a exames.

Técnica

Ainda de acordo com a professora, o material coletado é submetido a dois tipos de exames. Um deles é o tradicional, que é a técnica usada no diagnóstico laboratorial pelo instituto Adolfo Lutz.

A outra análise é a realizada pelo sistema desenvolvido para o projeto, denominado Dapi (Diagnóstico Automatizado de Parasitos Intestinais), que proporciona maior detecção da presença de vermes e protozoários. Ele é feito utilizando um kit chamado TF Test. Caso seja detectado algum parasita ou verme, a criança será tratada com medicamentos específicos.

A professora informa que esse é um projeto inovador, com o processamento da lâmina em máquina sendo feito em Araçatuba. Já o diagnóstico é realizado em Campinas, havendo células de pesquisa tanto na Unesp como na Unicamp.

Piloto

O professor da Unicamp, Jancarlo Ferreira Gomes, explica que além do telediagnóstico, pela primeira vez o projeto é feito com georreferenciamento, oferecendo visão espacial de como estão as crianças e como se encontra a endemia no município.

Segundo o que foi informado, o objetivo é criar um modelo ideal em Araçatuba e levar a proposta para o Ministério da Saúde, sugerindo que seja integrado como rotina, para atingir os ambientes escolares em todo o País. Por isso, quanto mais alunos forem impactados pelo projeto, mais chances ele tem de ser aplicado em outras unidades escolares.

Bem-estar

A diretora de Atenção Básica de Araçatuba, Cristiane Camargo de Almeida, comenta que o projeto é de extrema importância para investigar, diagnosticar e viabilizar o tratamento da criança em tempo oportuno, evitando possíveis complicações de saúde.

Ela explica que as doenças parasitárias podem prejudicar o desenvolvimento cognitivo e físico da criança, implicando diretamente no desempenho escolar. Assim, o projeto poderá impactar na saúde pública do município e na vida social de cada criança.

Postado originalmente no portal Hoje Mais

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