Finep lançará programa para agilizar respostas a pedidos de financiamento de EPDIs

Depois das empresas inovadoras, agora é a vez das entidades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (EPDIs) se beneficiarem com a redução do tempo de  análise de mérito e enquadramento das propostas de financiamento. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em conjunto com o setor científico, prepara o Finep 30 dias voltado exclusivamente para a área de convênios.

 Marcos Santos/ USP ImagensGlauco Arbix diz que Finep 30 dias para EPDIs é prioridade. – Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

A aceleração no repasse de recursos da Finep a instituições de pesquisa é uma reivindicação antiga da classe científica. Poucos dias depois do lançamento do programa voltado às empresas, alguma entidades, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), assinaram uma carta em que alertavam para a burocracia que envolve a análise de propostas das instituições públicas ou organizações privadas, e prazos que, por vezes, passava de 12 meses.

A promessa do presidente da Finep, Glauco Arbix, é que o programa seja lançado ainda este ano. “Nosso plano é implantar o Finep 30 dias na área de convênios até o começo do segundo semestre. Estes recursos, chamados de não-reembolsáveis, serão transferidos para centros de pesquisa, universidades, núcleos de pesquisa e instituições científicas”, assegurou, em entrevista à Agência Gestão CT&I.

Arbix destacou que a iniciativa é uma das prioridades da Finep para este ano. Segundo ele,  a ideia é dar um choque de gestão e possibilitar mais rapidez nas atividades de pesquisa e desenvolvimento deste setor.

Desafio

O presidente da Finep garantiu que a recente troca de ministros no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) não influenciará os trabalhos da entidade. Ele afirmou que a orientação do governo para a entidade é a mesma. A única situação que deve ser alterada em médio e longo prazo será a forma de custeio.

“Vamos ajudar o MCTI a construir um novo sistema de financiamento para a ciência, tecnologia e inovação, auxiliando a pasta a criar um grande plano para a ciência brasileira”, disse.