Milton Mori participa de reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara

Texto: Carolina Octaviano

Fotos: Carolina Octaviano e divulgação

O diretor-executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp, Milton Mori, esteve na manhã de hoje, em reunião ordinária da Comissão de Ciência e Tecnológica da Câmara de Vereadores de Campinas. Na ocasião, ele, que foi recebido pelo presidente da Comissão, o vereador André Von Zuben (PPS) e pelo também vereador Jorge da Farmácia (PSDB), falou sobre os gargalos e entraves encontrados no setor de inovação tecnológica e empreendedorismo, além de apresentar a Agência e contar quais são as perspectivas futuras para cada uma das áreas atendidas por ela.

Na abertura da reunião, Von Zuben falou sobre a quatro iniciativas importantes que foram criadas com o apoio da Comissão, que está concluindo seu mandato no final do ano, a instituição da Semana Municipal de Tecnologia, o Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia, a lei que garante insenção de impostos para Startups e também da proposta do plano estratégico, que deve ser concluída no final deste ano. “O Professor Milton Mori participou bastante desse último processo”, afirma o presidente da Comissão, reconhecendo os esforços da Unicamp para melhorar o ecossistema regional.

Em seguida, Mori apresentou o trabalho realizado pela Agência nos setores de Propriedade Intelectual Empreendedorismo, Transferência de Tecnologia e Licenciamento de tecnologias, Parque Científico e Tecnológico, Parceria para P&D, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) e os programas Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica e Inova Jovem – competições criadas pela Inova para fomentar o empreendedorismo entre os alunos da graduação e dos colégios técnicos da Unicamp, respectivamente. Além disso, o diretor-executivo da Inova falou sobre as empresas filhas da Unicamp, que tem um faturamento acima de R$2 bilhões de reais por ano, citando alguns cases de sucesso, como a Movile e a Griaule.

Entre os gargalos apresentados pelo diretor-executivo da Inova, está a relação conflitosa entre a Lei do Bem e a Lei do Funcionalismo Público. “Nós temos muitos professores que tem projetos de pesquisa e descobrem tecnologias inovadoras. Ele quer abrir uma empresa, para comercializar a tecnologia, mas não pode, pois a lei do funcionário público não permite isso”, explica Mori. Outro ponto mencionado pelo diretor da Inova é a questão da falta de celeridade para a concessão de pedidos de patente e também para a abertura de empresas no país. “Falta agilidade para conceder patentes no país. A média do Brasil é de dez anos, mas, depois desse tempo, não existe mais inovação”, comenta.

Após a apresentação, o público presente fez perguntas para o diretor da Inova, além de tecer comentários sobre os temas expostos por Mori. Os dois membros da Comissão se prontificaram a buscar esforços para reverter boa parte dos entreves mencionados na reunião. “Nós acreditamos muito no trabalho de vocês e em tudo o que foi exposto aqui e sabemos da importância que os temas apresentados têm não somente para a região de Campinas, mas também para o país”, conclui Von Zuben.