Fábrica de empresa-filha da Unicamp mais antiga completa 40 anos

Texto: Carolina Octaviano

Fotos: divulgação

Considerada a empresa-filha da Unicamp mais antiga em atividade, o Grupo Veco – que é formado pelas empresas Vecoflow, Vecoflow Serviços, CCL e CCL Farma e que atua na área de controle ambiental – completa, em 2014, 40 anos da criação de sua primeira fábrica, localizada em Campinas, que apresentava uma tecnologia totalmente inovadora para a época. O grupo foi considerado a primeira empresa-filha da Unicamp, conforme recente levantamento realizado pelo setor de Empreendedorismo da Agência de Inovação Inova Unicamp. 

“A Veco foi originalmente criada em 1972. No início, a empresa era em uma casa, com um quadro enxuto de funcionários: um mecânico, um marceneiro e uma secretária. Na época, a Veco importava equipamentos, montava salas limpas e prestava consultoria técnica”, afirma Raul Sadir, empreendedor e presidente do grupo Veco. Sadir lembra também sobre a inovação trazida pela Veco, dois anos após sua criação. “A primeira fábrica da empresa foi inaugurada em 1974, em Campinas. A Veco trouxe uma tecnologia totalmente nova e seu crescimento foi evoluindo de forma exponencial. A empresa se tornou a maior autoridade em controle de contaminação da América Latina, reconhecida por apresentar soluções completas para os problemas deste ramo”, lembra.

Sadir comenta sobre a facilidade de se abrir uma empresa na década de 70: “naquela época, para começar uma empresa, era possível começar de baixo. Hoje em dia, é diferente, é difícil a conquista de mercado por uma empresa pequena. A Veco (que atualmente apresenta mais de 400 funcionários em seu quadro) começou com funcionários mínimos e sem muito recurso”. Segundo ele, outro diferencial para o sucesso e estabelecimento da empresa foi a experiência adquirida enquanto docente da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), na Unicamp. “Contribuiu muito para o amadurecimento e crescimento da Veco. A troca de experiências dentro do Campus da Universidade foi de extrema importância”, avalia.

Além de haver diferencias significativas com relação à criação de empresas, o empreendedor acredita que a questão do empreendedorismo também era diferente do que é hoje em dia. “O mercado está muito exigente. É difícil começar de baixo e crescer rapidamente. Hoje em dia, a empresa tem que ter um bom capital para investir. Não acho que há mais facilidades e, sim, mais dificuldades. O mercado está mais competitivo e fechado. Os impostos também estão complicados e elevados e o processo de globalização trouxe alguns problemas”, defende.

O responsável pela empresa-filha mais antiga da Unicamp deixa também algumas sugestões para os jovens empreendedores. Entre as dicas dadas por Sadir está a necessidade de que eles estejam muito bem preparados para encarar o mercado da inovação tecnológica. “O mercado atual pede por profissionais e empresas de alta capacidade. Para se abrir uma empresa, tudo tem que ser pensado. Não pode entrar por impulso e tem que ter um plano traçado. É preciso ser muito criativo também, para se destacar e inovar. Aconselho os empreendedores a buscarem o apoio de universidades e instituições para ajudar no incentivo e crescimento da empresa”, conclui Sadir.